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Manifesto

eu acredito

Manifesto

Eu acredito em vida vivida, não em vida passada. Vidas passadas? Nessa sim. Mas digo passada, daqueles que vieram só para bater o ponto.

Pra mim, o ponto é exatamente outro. É saber que ao abrir os olhos, a cada inspiração – dos pulmões e das ideias – que brilhe e se faça brilhar olhos, que se provoque e sejamos provocados. Acredito em desejos, sonhos e conquistas. E que as pessoas possam sonhar de olhos abertos, para que na hora de dormir descansem criando novos sonhos.

Eu acredito que vida é ficção. Novela, série, curta ou longa.
Criamos histórias. E voltamos sim, ou para viver novas aventuras, ou para voltar e fazer de novo o que não se aprendeu na história anterior.

Aliás, quantas já tivemos e ainda teremos?
Que personagens já fomos e ainda podemos ser?
Sem todo esse sentido, nada faz sentido. Porque é a alma que liga tudo. Ela é a verdadeira arte de viver.

Por isso, nada de deixar para outra hora…

 

*** Imagem: Pinterest

Chama o Uber

Chama o Uber

Aquela palavra que você deixa de falar por medo de ser criticada.

Aquele jeito de ser que você muda porque têm gente que acha “feio”.

Aquela roupa que você troca pra não “arrumar problema” na rua.

Aquela atitude que você ensaia, mas não tem coragem de pagar pra ver no que vai dar.

Que daqui pra frente a gente chame o Uber para tudo e para todos que não aceitam nosso jeito de ser e viver.

Saber a diferença entre ceder para se relacionar melhor e se manter fiel à quem você é, nem sempre é simples, mas um bom exercício de fazer, você concorda?
Me conta aqui nos comentários do que você não abre mão?

 

*** Ilustração: Pinterest

Em outra hora ​

Em outra hora

Em outra hora ​

Em outra hora eu danço, planto, desenho, fotografo, abraço, procuro, planejo… em outra hora eu cuido da vida.
Se de alguma forma queremos criar, receber ou desfrutar de uma vida mais plena é preciso fazer algum sacrifício. “Vida e sacrifício” andam juntos, disse Clarissa P. Estés.
Mas eu particularmente acho que a palavra sacrifício ficou muito carregada de culpa e sofrimento com a nossa cultura predominantemente católica – apesar de que, sua etimologia é nada mais nada menos do que “tornar algo sagrado”.
Então, tudo bem dizer que vida é sagrada? E que para torná-la sagrada é preciso também dizer que vida e prioridade andam juntas?
Não sei pra você, mas para mim faz mais sentido assim.
Dito isso, olha a frase aí de cima e pensa em quantas vezes você caiu nessa armadilha e sacrificou (ops, priorizou) outras coisas que não fossem àquilo que estava com vontade de fazer. Algo que sua alma, seu coração pediam, mas sua mente (que acha que manda) falou que não.
“Você vai fazer o que eu estou falando porquê faz mais sentido” – diz a voz da “razão”.
E que razão tem essa razão?
Nenhuma! Porque quando a gente só dá ouvidos à ela (a mente) entramos na rodinha dos ratos – um looping de sacrificios (aí sim eu uso essa palavra de boca cheia), porque nenhuma vida brota disso tudo.
Então, da próxima vez que seu coração mandar você parar tudo e dançar, pintar, desenhar, fotografar, abraçar, ligar, escrever, procurar ou dar piruetas na porta da escola das crianças – faça.
Não vou dizer que você será aplaudida na primeira vez. Talvez nem na segunda ou terceira. Quem dirá se na quarta? Mas isso não quer dizer que não exista talento, habilidade e muito menos que não seja “apropriado para uma mulher do seu tamanho”.
Acredito que o importante seja se permitir ter essas alegrias – é daí que você começa a ouvir a voz da sua alma.
É aí que você está se reaproximando da sua vida feita à mão – daquilo que é mais autêntico e verdadeiro, porque é só seu.
Já parou pra pensar que só tem você de você no mundo? Mais ninguém. Quer coisa que preencha mais a vida do que saber disso?
*** Imagem = Pinterest

Os 4 elementos

os4elementos

Os 4 elementos

Desde a época que trabalhava como astróloga infantil e de adulto (sei que muita gente aqui conhecia essa faceta e muita gente não) eu já falava para meus clientes que cozinhar era a atividade mais completa de todas.
Esse assunto entrava logo no começo das minhas consultas – quando eu estava falando sobre o temperamento da pessoa (se ela tinha mais ou menos fogo, terra, ar ou água) energias que, de acordo com a astrologia, influenciam na nossa personalidade.
Eu sempre gostei de usar exemplos práticos para explicar o que eu queria dizer em “astrologuês” – uma língua que sou fluente ;-)
Então, se por exemplo, uma pessoa tinha pouca influência do elemento “fogo” (ou seja, do tipo mais medrosa, baixa energia vital, uma pessoa menos vigorosa, que se cansa fácil) e tinha mais do elemento “terra” (alguém com muita noção de tempo, espaço, medida das coisas – ela é daquelas que sabe o quanto de comida tem que fazer para x de pessoas que vem para o almoço e coisas assim) – eu listava as atividades que poderiam ajudá-la a trazer um pouco mais da energia que “faltava” e também equilibrar a energia que “sobrava”. Porque sim, se falta uma(s), sobra em outra(s).

E o que a cozinha têm a ver com isso?

Não importa qual fosse a combinação, a cozinha estava em praticamente todas as minhas dicas.
Isso porque ela é a atividade mais cotidiana que eu conheço capaz de trabalhar nossas energias de uma forma global.
Ela trabalha fogo (transformação do alimento), terra (mexer com os ingredientes), ar (saber lidar com tempos diferentes de cocção, ser capaz de seguir uma receita) e água (sensibilidade e emoção – aquele toque “sazon” que as melhores comidas têm).

Sincronicidades

E qual não foi minha surpresa ao ler no livro da Ana Holanda (“Como se encontrar na Escrita” – Ed. Rocco) que existe um projeto de um jornalista, chamado Micheal Pollan sobre o ato de cozinhar. E para mergulhar no tema ele divide justamente o livro (que também virou série na Netflix – Cooked) em quatro grandes blocos. Adivinha? Sim, Fogo, Terra, Ar e Água.

Você não sabe a minha alegria ao ler isso. Por isso, como ex-sempre-astróloga, fica o convite de hoje você praticar o ato de cozinhar pra também trazer um pouquinho do que é uma vida feita à mão. (leia sobre isso aqui)

 

*** Imagem = Kayley McCabe @thekitchenmmccabe

Sua vida está sendo feita à mão?

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Sua vida está sendo feita à mão?

Vou te contar uma história. Na verdade, vou adaptar uma que você já pode/deve ter ouvido.
A história é de uma menina orfã que não tinha sapatos, por isso, ela guardava qualquer trapo que encontrava – até que, com o tempo, conseguiu costurar um par de sapatos vermelhos.
Eles estavam longe de ser perfeitos, mas ela os adorava.
Um belo dia, uma rica senhora passou com sua carruagem pela menina ao longo da estrada, e com pena da “maltrapilha”, a levou para sua casa, dizendo que cuidaria dela a partir daquele momento.
A senhora lhe deu banho, comida, lençóis confortáveis e roupas do mais fino trato.

“E meus sapatos?”

logo quis saber a menina.

“Ah, tudo o que você tinha eu queimei. Agora é tudo cinzas” – respondeu a senhora.
A partir daquele momento, em tudo o que a menina fazia e em onde ela estivesse, ela estava procurando por algo que se parecesse com seus sapatos vermelhos.
E de fato, uma vez os encontrou. Eram lindos! De verniz reluzente.
Apesar deste tipo de sapato não ser condizente com meninas da sua atual estirpe, ela deu um jeito de pegá-los, sem que ninguém os visse.

O começo da Vida Dupla

E assim, ela passava boa parte do tempo vivendo uma “vida dupla”. Quando estava no seu quarto, vestia os sapatos e quando tinha que ir para a rua, vestia os sapatos condiziam a uma boa menina.
Até que um dia ela não aguentou mais se esconder, e resolveu não só tirar do armário, como sair com seus sapatos vermelhos para ir à igreja.
Quando chegou na porta, havia um homem de barba ruiva que olhou seus sapatos, piscou para a menina e a partir daí, ela pôs-se a dançar.
Foi um choque para todos que estavam na igreja, ver uma menina da sociedade entrar dançando freneticamente com sapatos vermelhos em um local sagrado.
E a história termina com a menina dançando incontrolavelmente até morrer.

[Corta para vida real]

Essa história que eu mal e porcamente adaptei aqui, li no famoso “Mulheres que Correm com os Lobos” (se você mulher não leu, não passe a vida sem essa experiência).
E fiz um resumo porque o conto traça um paralelo sobre tudo àquilo que fazemos sem pretensão, com o coração, como um chamado da alma – e que de alguma forma ou por qualquer motivo (uma pessoa, situação ou a sociedade que vivemos) faz com que a gente acredite que aquilo que era nosso é algo ruim, inapropriado ou que não tem nenhum valor.
Vou falar mais sobre este assunto em outros posts, mas já para esquentar os tambores do inconsciente, que tal pensar aí com seus botões, o que foi feito com o seu par de sapatos feito à mão? Melhor!
O que na sua vida foi feito à mão?
Você queimou (escondeu) ou mostra essa parte sua?
Espero que esse post traga boas reflexões e continuamos com esse assunto em outras oportunidades. Se quiser compartilhar comigo a sua parte feita à mão, vou adorar saber!
E convide alguém para participar, compatilhando esse post. Um grande beijo e obrigada :)

O melhor remédio

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O melhor remédio

Feliz de cada um de nós poder contar com aqueles que realmente nos escutam, no meio de tanta gente que só fala.
Por mais que a gente decepcione e seja decepcionad@ pelas pessoas, aqueles que conseguem enxergar além da superfície são os que ficam.

Não importa quantos quilômetros, anos ou dias nos separam, ter um amigo por inteiro, mesmo que seja por 5 minutos, é ter o melhor remédio para todos os males.

É por isso que amigo a gente tem que contar nos dedos – porque um camarote não se enche com arquibancada.

Seja a Mulher que você dá conta de ser…

A mulher que dou conta de ser

Uma amiga me indicou um livro (que aliás o Clark roubou pra ler) que fala sobre compaixão.
Depois que eu ler tudo, pode esperar mais textos sobre o assunto, mas o que eu sei dele até agora é que compaixão é um dos sentimentos mais nobres no ser humano. Ao contrário do que “fazem” a gente acreditar, somos seres muito mais sociais e amorosos do que competitivos e egoístas.

Você há de concordar comigo que é muito fácil sentir compaixão por alguém que está sofrendo ou passando por alguma dificuldade – não importa o motivo. Nós somos capazes não só de de sentir, como fazer algo para ajudar ou tentar fazer com que o sofrimento daquela pessoa acabe.

Mas e quando é com a gente mesmo? Você é capaz de sentir compaixão por si mesma(o)?

Especialmente as mulheres, que enfiaram (tá, enfiaram pra gente) que tínhamos que ser,fazer e dar conta não só de si mesma, como do resto do mundo – a sensação é geralmente de que não fazemos mais do que a obrigação.

Mas posso te contar uma coisa? Não dá pra dar conta. Como eu sei disso? Eu tentei. Eu levei essa crença até as últimas consequências…
E ainda me achava no controle de tudo.

Sabe o que aconteceu? Perdi o controle. Um belo dia, pirei. Surtei.
Não só não dava conta daquela demanda externa, como não tinha mais o menor controle sobre mim mesma. Sobre minha mente. Meu corpo.

Então, pra você que me lê, eu só te digo uma coisa: guarda esse chicote, Maravilha. Tá, deixa ele ali do lado, mas não pra usar em você – só se precisar colocar aquela baiana pra rodar.

E assim, fico por aqui, te desejando um ótimo dia – sendo quem você der conta de ser. Simples assim.
PS: Vale para os homens também 😉

 

*** Imagem:  Pinterest

Ave Rita Santa Lee

Santa Rita Lee

Ave Rita, Santa Lee
Lança em minha menina o seu perfume,
que desbaratina e me desperta para o que passei tanto tempo sem saber.
.
Me coloque seu anel de brilhantes e tire meu coração da estante.
.
Ai de mim em que corre sangue vermelho, tão vivo e tão eterno,
mas é que me cansei de lero-lero.
.
Peço sua licença para sair do sério,
mesmo que provoque guerrilhas e motins.
.
Eu não perdi a cabeça. Só quero é cuidar mais de mim.
.
Que toda mulher seja amada. Que toda mulher seja feliz.
Que toda mulher não precise mais se fazer de coitada.
Que toda mulher possa ser meio Rita Lee.
Amém _/\_
.
Oração à minha musa de hoje e sempre Rita Lee que saiu de um exercício de escrita criativa.

 

 

*** Imagem: Pinterest

Escola da Vida

Escola da Vida

Não sei de você, mas nunca fui uma Maravilha na escola. Tenho verdadeiro pavor de prova – eu ainda sou daquelas que sai achando que abafou, sabe? – mas as notas sempre são meia-boca.

Terminei uma faculdade na unha, e não pense que foi um curso de Engenharia, Economia, coisa de gente “cabeçuda”.
Foi Hotelaria, hein? – e até hoje tenho pesadelos com pessoas me dizendo: “Tatiana, você matou todas as aulas de x,y,z”. Você não passou ainda!

Vida acadêmica pra mim está como Samara para o País das Maravilhas. Não dá match!

Mas isso não significa que eu seja tapada (tá bom, não estou muito convencida disso ainda). O que eu acho é que assim como gosto, tem escola, curso e didática para todos os tipos de pessoa.

Se eu fosse criar uma Universidade, por exemplo, seria uma Universidade da Vida, e nela, eu colocaria cursos tipo:

  • Como não tentar mudar os outros? (essa só passa quem entender que o outro só muda se quiser);
  • Como cuidar da própria vida?
  • Estratégias para parar de se preocupar com a opinião alheia (Pré-requisito: Como cuidar da própria vida);
  • Como saber se você está no caminho certo?
  •  Como trazer seu amor-próprio de volta em 7 dias (sem sacrifício de animais);
  • Aprenda a dizer NÃO;
  • Aprenda quais são seus limites e como não ultrapassá-los.

Você estudaria na minha escola? Tem alguma dica de cursos optativos para incluir nessa lista? É só comentar aqui embaixo :)

E vale compartilhar também com aquela(e) amiga(o) que podia fazer um desses cursos… aquela (in)direta bem: “olha só que legal…”

 

*** Imagem: Pinterest