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Sua vida está sendo feita à mão?

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Sua vida está sendo feita à mão?

Vou te contar uma história. Na verdade, vou adaptar uma que você já pode/deve ter ouvido.
A história é de uma menina orfã que não tinha sapatos, por isso, ela guardava qualquer trapo que encontrava – até que, com o tempo, conseguiu costurar um par de sapatos vermelhos.
Eles estavam longe de ser perfeitos, mas ela os adorava.
Um belo dia, uma rica senhora passou com sua carruagem pela menina ao longo da estrada, e com pena da “maltrapilha”, a levou para sua casa, dizendo que cuidaria dela a partir daquele momento.
A senhora lhe deu banho, comida, lençóis confortáveis e roupas do mais fino trato.

“E meus sapatos?”

logo quis saber a menina.

“Ah, tudo o que você tinha eu queimei. Agora é tudo cinzas” – respondeu a senhora.
A partir daquele momento, em tudo o que a menina fazia e em onde ela estivesse, ela estava procurando por algo que se parecesse com seus sapatos vermelhos.
E de fato, uma vez os encontrou. Eram lindos! De verniz reluzente.
Apesar deste tipo de sapato não ser condizente com meninas da sua atual estirpe, ela deu um jeito de pegá-los, sem que ninguém os visse.

O começo da Vida Dupla

E assim, ela passava boa parte do tempo vivendo uma “vida dupla”. Quando estava no seu quarto, vestia os sapatos e quando tinha que ir para a rua, vestia os sapatos condiziam a uma boa menina.
Até que um dia ela não aguentou mais se esconder, e resolveu não só tirar do armário, como sair com seus sapatos vermelhos para ir à igreja.
Quando chegou na porta, havia um homem de barba ruiva que olhou seus sapatos, piscou para a menina e a partir daí, ela pôs-se a dançar.
Foi um choque para todos que estavam na igreja, ver uma menina da sociedade entrar dançando freneticamente com sapatos vermelhos em um local sagrado.
E a história termina com a menina dançando incontrolavelmente até morrer.

[Corta para vida real]

Essa história que eu mal e porcamente adaptei aqui, li no famoso “Mulheres que Correm com os Lobos” (se você mulher não leu, não passe a vida sem essa experiência).
E fiz um resumo porque o conto traça um paralelo sobre tudo àquilo que fazemos sem pretensão, com o coração, como um chamado da alma – e que de alguma forma ou por qualquer motivo (uma pessoa, situação ou a sociedade que vivemos) faz com que a gente acredite que aquilo que era nosso é algo ruim, inapropriado ou que não tem nenhum valor.
Vou falar mais sobre este assunto em outros posts, mas já para esquentar os tambores do inconsciente, que tal pensar aí com seus botões, o que foi feito com o seu par de sapatos feito à mão? Melhor!
O que na sua vida foi feito à mão?
Você queimou (escondeu) ou mostra essa parte sua?
Espero que esse post traga boas reflexões e continuamos com esse assunto em outras oportunidades. Se quiser compartilhar comigo a sua parte feita à mão, vou adorar saber!
E convide alguém para participar, compatilhando esse post. Um grande beijo e obrigada :)

Esse Love…

Esse Love

Nesses meses todos que estive em tratamento, nos piores momentos eu não conseguia fazer nada – nem o que eu gostava. Não dava para ler, escrever… eu não era capaz nem de assistir a um filme – minha cabeça não processava nenhuma informação.

Depois, quando comecei a terapia cognitiva comportamental (geralmente indicada para o tratamento de síndrome do pânico) eu tinha que ter um caderno – para anotar todas as crises – quando começavam, quanto tempo duravam, o quê as provocava, etc.
E eu fazia aquilo no automático – só seguindo uma lista/ questionário. Como estava me acostumando aos remédios que me deixavam muito dopada, eu também escrevia as coisas para me lembrar – porque eu esquecia tudo.
O caderno era meu guia, minha cabeça, minha memória.

Mais um tempinho passou, e aquele caderno que antes era frio, começou a ganhar afeto – ainda que com palavras cheias de dor, medo, angústia e vazio. Um vazio que podia preencher o mundo.

Com mais um pouco de tempo, e paciência, ele começou a arrancar de mim meu inconsciente – era para ele que eu confessava primeiro os meus sonhos – sonhos que podiam virar histórias – e é ele que vai hoje a terapia comigo (agora junguiana), para me lembrar do que ainda esqueço.

Hoje ele acabou. Mas assim como (quase) tudo na vida, eu já tenho outro para substituí-lo.
Outro que já vai me receber um pouco diferente – menos lado negro da força. Já comecei a dar meus pulinhos em palavras mais alegres, mais leves, mas nunca mais as mesmas de antes.

Assim como tudo e todos que passam por nossa vida e nos deixam alguma marca (não importa se boa ou ruim), esse “love” nunca será esquecido.

⁉️Me conta: você tem o hábito de escrever ou fazer um diário?
Em breve vou escrever sobre um assunto bem legal, que me impactou muito, e tem um pouco a ver com hábitos que nos aproximam de nós mesmos.
Por isso, se você tiver algum hábito desse tipo, ou que vc tenha desde a infância, comenta aqui! E se puder, compartilha com alguém que vai gostar de participar dessa conversa :)

O Poder do Inconsciente – parte II

Poder do Inconsciente

No post anterior, eu falei muito sobre o inconsciente e como ele governa a nossa vida – muito mais do que a gente imagina e/ou gostaria.

Mas isso é porque fomos treinadas (treinados também) a enxergar só o que é material e consciente – o lado masculino de ver a vida. O lado “super herói”.
Só que o inconsciente é interno, é escuro e impalpável. Há quem se pele de medo dele porque acredita ser sua “criptonita”.

No inconsciente fica armazenado tudo àquilo que a gente esconde, não quer ver ou não quer lidar (ou nem consegue mesmo) – na maioria das vezes porque acha que olhar pra isso vai nos enfraquecer.
Imagina perder nossos “super-poderes” pra sempre? #macacosmemordam

Todas essas energias pertecem ao feminino (yang). E para quem tem a verdadeira coragem, é dali mesmo que a gente extrai o que é mais poderoso em si mesmo.
Se todos soubessem que depois de enfrentar esse mergulho, ficaríamos ainda mais fortes, tinha muita gente por aí com sérios planos de dominação mundial. #ficaadica

Quando passamos a “treinar” o equilíbrio entre as duas energias, trazendo mais do feminino para nossa vida, o inconsciente começa a se manifestar também na nossa cara, assim como essa frase que estava láááá no final do planner que meu Clarck Kent me deu de Natal. (Um dia explico porquê sou casada com o Clark).

Meu inconsciente sabe que a primeira coisa que eu faço quando abro um livro ou caderno é ir na última página pra ver como acaba. (Coisa de geminiana curiosa).

A moral da história?

Viu como ele (o inconsciente) é esperto?